Muitas
pessoas me perguntam em que abordagem é usada para trabalhar com surdos. Não
existe abordagem terapêutica específica para atender o surdo usando a língua de
sinais (LIBRAS), não se pode restringir o campo, ao contrário, ele deve ser
ampliado.
A
criança que nasce surda em uma família ouvinte necessita de acompanhamento e
conhecimento em LIBRAS o quanto antes, e o atendimento Psicológico independe de
faixa-etária. A participação dos pais em todo esse processo de acompanhamento e
aprendizado é essencial.
Surdez,
segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) é a perda parcial ou total das
possibilidades auditivas sonoras, de forma: leve, moderada, severa, profunda.
O
surdo não oralizado necessita do conhecimento da língua de sinais, que é uma
língua natural como as línguas orais. É importante ressaltar que a comunicação
é uma necessidade expressiva do ser humano, o que possibilita a interação entre
sujeitos em uma sociedade.
A
falta de comunicação gera isolamento, preconceito e baixa autoestima, e estes
conflitos muitas vezes são interpretados de forma equivocadas alterando assim o
comportamento do surdo levando-o a agressividade, intolerância, individualismo.
É
importante pontuar que ser surdo é ser diferente e não propriamente deficiente.
O sujeito surdo tem e desenvolve habilidades próprias, a inclusão social do
surdo acontecerá com a participação direta da família, responsáveis e
cuidadores.
O
acompanhamento psicológico em LIBRAS possibilitará condições para uma melhor
convivência do surdo com a família, a sociedade e em especial ao grupo que
estiver inserido.
A
psicoterapia em LIBRAS permitirá ao surdo conhecer a si próprio como também o
processo relevante de construção de sua identidade e autonomia.
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