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segunda-feira, 27 de março de 2017

Acompanhamento terapêutico para surdos oralizados.

      Iniciando este texto, destaco sobre o meu trabalho com o público surdo e não determino a abordagem definida para o acompanhamento. Já que estamos falando no processo de inclusão, deve estar aberta para todas as abordagens de acordo com as demandas que estão sendo apresentadas no consultório.
        Crianças e adolescentes com perda auditiva, questionam muitos familiares, e se perguntam “qual é a melhor forma de terapia?”.
             Considero a importância da terapia para os indivíduos e, o contato com os surdos foi o principal motivador para atuação profissional. Dentre eles, a importância de compreender sobre a cultura surda, sistema de linguagem e a subjetividade do surdo. Infelizmente, poucos profissionais especializados nesta área, assim como a família e a falta de conhecimento do surdo sobre trabalho do psicólogo como os principais desafios, pensando a partir do estudo aprofundados a leitura em pesquisas cientifica, terapia familiar e recursos de materiais visuais.  O domínio da Língua de Sinais – LIBRAS, o conhecimento da comunidade surdez são as ferramentas fundamentais que o terapeuta precisa ter.
            Um bom profissional de psicologia vai além do que é ensinado nas salas de aula de uma universidade. Precisando, recorre aos livros, artigos, pesquisas, congressos e outros meios que possam servir como guia em sua vida profissional. Para aquele que decide trabalhar com surdos, existe a necessidade de se aprofundar em outros meios. É importante conhecer a cultura surda, sua história e a LIBRAS, cuidados que podem colaborar com o sucesso da terapia.
            Em geral, a pessoa chega até a clínica por algum comportamento e/ou componente psíquico que a incomoda, prejudica ou fere a si mesma e a outros.  
          Além disso, nenhum atendimento dos paciente são iguais. Quando isso acontece, fica sob a responsabilidade do psicólogo desenvolver estratégias para evoluir e facilitar a intervenção. Essa adequação metodológica ocorre também de acordo com a formação do profissional, posto que a psicologia dispõe de uma variedade de referenciais teórico-técnicos. Importa que o psicólogo contemple os fenômenos psicológicos que lhe são apresentados sob o olhar ético da psicologia, o que o impõe a necessidade de contextualizar sócio-historicamente tais fenômenos.
            Como os ouvintes, em seu devir, os surdos também podem enfrentar questões que demandam acompanhamento psicológico. Nesse sentido, espera-se encontrar no mercado a oferta de um serviço especializado, pois a expressão das questões vivenciadas pelos surdos se diferencia do modo pelo qual, em geral, os ouvintes se comunicam.
O desenvolvimento e os processos de subjetivação do surdo merecem uma atenção diferenciada por parte da psicologia. Eles compreendem dinâmicas distintas das investigadas junto aos ouvintes e requerem uma abordagem metodológica específica, a começar pelo fato do surdo em geral não se comunicar em português, mas por LIBRAS.
Assim como, o atendimento psicológico do paciente surdo exige domínio da LIBRAS por parte do terapeuta. Mesmo o paciente oralizado, nos momentos em que as emoções se manifestam mais intensamente no decorrer das sessões clínicas, recorre ao uso da linguagem gestual. Portanto, cabe ao psicólogo respeitar e habilitar-se de modo a garantir a compreensão do paciente surdo. 

terça-feira, 7 de março de 2017

Resgatando a sensibilidade

Em homenagem ao dia das Mulheres escrevo este pequeno texto com o objetivo que propõe reflexão a todas as pessoas: o resgate da feminilidade - tão pouco estimulada pelos modelos dos dias de hoje.
A feminilidade diz respeito a todos nós, seres humanos. Ela tem como características a sensibilidade, a intuição, o cuidado, o afeto e o acolhimento, mas são geralmente as mulheres que expressam mais esta feminilidade. Não é à toa que a Terra, a (Mãe) Natureza e a Ecologia são palavras femininas.
Atualmente os aspectos masculinos são muito valorizados – antes mais expressos nos homens, agora por ambos os sexos. Os aspectos da masculinidade são: a racionalidade, a objetividade, a praticidade, a competitividade, dentre outros.
Não há um aspecto melhor do que o outro, pois a masculinidade e a feminilidade integram-se e complementam-se. Esta harmonia é fundamental para vivermos bem e com respeito. Num mundo em que há desequilíbrio, há o adoecimento social e a infelicidade das pessoas.
Noto, em meu convívio e entre os pacientes que atendo em psicologia, o quanto as pessoas estão infelizes e descontentes com suas vidas. Os seus sonhos não são seus, mas os vendidos pelas revistas e mídia em geral. Suas características pessoais também, muitas vezes, são causas de infelicidade e sofrimento na medida em que destoam dos modelos estéticos, profissionais e de consumo veiculados e valorizados na sociedade do efêmero e superficial.
Se desejamos viver melhor, temos que resgatar a nós mesmas, a nossa autenticidade, o que realmente somos, o que está por detrás das máscaras do cotidiano.
Assim como, as mulheres tem um papel fundamental no resgate da feminilidade no mundo. Através da expressão dela em nós mesmas e da disseminação entre outras pessoas (homens e mulheres) que convivemos e nos filhos que nutrimos e criando.
           Com o crescimento da feminilidade em todo o planeta a consequência natural é o respeito entre as pessoas e cultivo de hábitos sustentáveis e de respeito para com todas as formas de vida gestadas e alimentadas por nossa Mãe Terra /Natureza.