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terça-feira, 18 de abril de 2017

Blue Whale - Baleia Azul


Um novo perigo que está surgindo nas redes sociais e põe em risco as crianças/ adolescentes do Brasil todo. Chamado Baleia Azul, o jogo virtual de desafios, via Facebook ou WhatsApp, que vão de automutilação ao suicídio, pode estar ligado ás mortes de diversos adolescentes e crianças. A importância de alertar os profissionais, pais, escolas, sobre a necessidade de estarmos sempre atentos para os sinais de depressão e de um possível suicídio que as pessoas ao nosso redor podem dar o fim de sua vida.
Segundo as minhas pesquisas, de várias fontes, jogo da baleia azul nasceu na Rússia e vem se espalhando através das redes sociais. O jogo inicialmente era praticado apenas em uma rede social russa, mas depois que chegou ao Facebook o jogo começou a crescer rapidamente e atingir jovens ao redor do mundo todo. O jogo normalmente é controlado por um “curador” que lança desafios de automutilação para os participantes que devem se filmar cumprindo os desafios.
O jogo passou a chamar atenção e preocupar pais e autoridades quando ele gerou cerca de 130 casos de suicídios na Rússia. Profissionais da saúde alertam que a melhor forma de prevenção por parte dos pais é checarem as redes sociais dos filhos para investigar algo de estranho e sempre estar próximo e dar atenção aos jovens.
 Dicas de como lidar com o tema:

1-      Fique atento à mudanças de comportamentos.
Isolamento, mudança no apetite, o fato de adolescente passar muito tempo fechado no quarto, etc...
2-      Compartilhe projetos de vida.
Os pais devem conhecer a rotina dos filhos, entender o que fazem,  conhecer os amigos. Aos pais, cabe incentivar que os filhos tenham projetos para o futuro, tracem metas como uma viagem, até algo simples, como por exemplo, a programação do fim de semana.
3-      Abra espaço para diálogos.

Filhos devem ser acolhidos no âmbito familiar, por isso, é preciso que adolescente sinta-se a vontade para falar de suas frustrações e se sinta apoiado. Se ele estiver um espaço para dividir as suas angustias e for escutado, tem um fator de proteção.

Veja também outras fontes desta noticia: 
http://vilamulher.uol.com.br/bem-estar/saude/desafio-da-baleia-azul-m0417-731066.html

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Trump é maluco?

O artigo que eu traduzi e que disponibilizo abaixo foi publicado no último dia 17 de Fevereiro no jornal New York Times. Seu autor é o psiquiatra Richard A.Friedman. Para ler o artigo no original clique link abaixo:



Um grande número de pessoas tem questionado a saúde mental do presidente Donald Trump. Este mês, o senador Ted Lieu, um democrata californiano, chegou a dizer que estava considerando propor uma legislação para exigir um psiquiatra na Casa Branca.   
            Mais controverso ainda é o número de especialistas que estão se juntando ao coro. Em dezembro, um artigo publicado no jornal Huffington Post incluiu uma carta escrita por três proeminentes professores de psiquiatria que citava "a grandiosidade, a impulsividade, a hipersensibilidade ao desprezo ou às criticas e uma aparente incapacidade de distinguir entre fantasia e realidade" do presidente Trump como evidências de sua instabilidade mental.
 Embora não tenham dado ao presidente um diagnóstico psiquiátrico formal, os especialistas o convidaram a se submeter a uma completaavaliação médica e neuropsiquiátrica  realizada por pesquisadores imparciais.
Um psicólogo clínico foi além no final de janeiro. Ele foi citado em um artigo do site U.S. News and World Report intitulado “Temperament Tantrum" [Temperamento birrento], dizendo que o Presidente Trump possui um narcisismo maligno, caracterizado pela grandiosidade, pelo sadismo e pelo comportamento antissocial. 
       Eu, como profissional não duvido que estes especialistas acreditem que estão protegendo o país de um presidente cujo comportamento eles - assim como muitos de nós - veem como perigoso. Uma recente carta ao editor publicada neste jornal, assinada por 35 psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais, se expressou desta forma: "nós tememos que muito esteja em jogo para ficarmos em silêncio". E continuou: "Acreditamos que a grave instabilidade emocional demonstrada pelas falas e ações do Sr. Trump, o torna incapaz de atuar de forma segura como presidente".
            No entanto, a tentativa de buscar um diagnóstico para o Presidente Trump e declará-lo mentalmente inapto para o trabalho é equivocada por uma série de razões.
            Em primeiro lugar todos os especialistas têm convicções políticas que provavelmente distorcem seu julgamento psiquiátrico. Considere o que minha profissão, em sua maioria liberal, disse sobre o senador Barry Goldwater, candidato republicano a presidente em 1964, logo antes da eleição. Membros da Associação Psiquiátrica Americana (APA) foram questionados pela extinta revista Fact sobre a avaliação que faziam de Goldwater. Muitos o atacaram rotulando-o de "paranóico", "psicótico" e "megalomaníaco". Alguns forneceram diagnósticos como esquizofrenia ou transtorno de personalidade narcísica. Eles usaram seus conhecimentos profissionais como armas políticas contra um homem que eles nunca examinaram e que certamente nunca teria consentido em discutir sua saúde mental em público.
             Contrariamente ao que muitos acreditam esta regra não significa que os profissionais devam permanecer em silêncio sobre figuras públicas. De fato, as diretrizes  afirmam especificamente que os profissionais de saúde mental devem compartilhar seus conhecimentos para educar o público. 
Assim, enquanto for antiético para um psiquiatra dizer que o Presidente Trump possui um transtorno de personalidade narcísica, ele ou ela poderiam discutir traços comuns à característica narcisista, como a grandiosidade e à intolerância à críticas e como isto pode explicar o comportamento do Sr. Trump. Em outras palavras, os psiquiatras podem falar sobre a psicologia e os sintomas do narcisismo em geral, e o público é livre para decidir se a informação pode se aplicar a um indivíduo específico.   
Por fim, isto pode parecer uma discussão insignificante, mas não é. A realização de um diagnóstico requer um exame minucioso do paciente, uma história detalhada e todos os dados clínicos relevantes - nenhum dos quais pode ser coletado à distância. O narcisismo, por exemplo, não é a única explicação para o comportamento impulsivo, desatento e grandioso. A pessoa pode estar sofrendo de outro problema clínico como transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, o abuso de drogas, álcool ou estimulantes ou de uma variante do transtorno bipolar, para citar apenas alguns. Os profissionais de saúde mental rotulam figuras públicas com doenças mentais, não é apenas antiético - é intelectualmente questionável. Nós não temos os dados clínicos necessários para saber o que estamos falando. Além disso, mesmo se você postular que um presidente possui um transtorno mental, isto diz muito pouco sobre sua aptidão para a função