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terça-feira, 11 de outubro de 2016

Crianças aprendendo com os próprios erros

Muitos pais desejam que seus filhos tenham o perfil de aluno exemplar é composto por notas altas, comportamento excelente e um ótimo relacionamento com colegas e professores. Mas, no dia a dia, sabemos que essa junção de qualidades e acertos não é fácil de ser alcançada e, na maioria dos casos, nem precisa ser.
Errar, falhar e se deparar com dificuldades faz parte do processo de aprendizagem e formação do cidadão. Os alunos precisam passar por experiências de falhar na escola, para que aprendam a se reerguer em situações mais delicadas na vida adulta. Como também, não é importante ter só a experiência de falhar, mas de poder fazê-lo em um ambiente seguro, para que a experiência possa ensinar algo ao aluno.
Cada estudante tem o seu tempo e suas caraterísticas individuais que devem ser respeitadas, por isso, não se pode esperar que todos os alunos alcancem ao mesmo tempo o desempenho almejado pela instituição. Para alguns, o percurso até a internalização do conteúdo pode ter erros e dificuldades e isso não pode ser encarado de forma negativa. O errar, não como um hábito ou um fim em si mesmo, mas como um processo natural composto por erros e acertos, é o que proporciona os aprendizados mais significativos, seja na escola ou futuramente na vida pessoal e profissional do estudante.
A difícil incumbência de não repreender os erros e sim ensinar as crianças e os jovens a lidarem com as falhas e dificuldades presentes no dia a dia escolar, faz parte da lista de desafios dos educadores nos dias de hoje.
Todos nós já erramos em algum momento da vida e até os gênios como Albert Einstein e Leonardo da Vinci erraram. Porém, o que fez com que eles se tornassem referência em toda a humanidade foi a capacidade de observar os próprios erros e a partir deles encontrar os grandes acertos, em vez de punir-se ou culpar-se por terem errado.
Sendo assim, o erro e a falha são naturais dos seres humanos e, desde que conduzidos de forma construtiva, podem contribuir e muito para o crescimento e formação integral do aluno. Por isso, é preciso que os educadores insiram em suas práticas pedagógicas a valorização do erro, permitindo que o estudante obtenha novos aprendizados a partir de onde ele falhou.
Parte-se do pressuposto de que a desmotivação interfere negativamente no processo de ensino-aprendizagem, e entre as causas da falta de motivação, o planejamento e o desenvolvimento das aulas realizadas pelo professor são fatores determinantes. O professor deve fundamentar seu trabalho conforme as necessidades de seus alunos, considerando sempre o momento emocional e as ansiedades que permeiam a vida do aluno naquele momento.
Satisfeitas as necessidades fisiológicas e de segurança, surge a social ou de participação. Como o homem é um ser social, precisa ter um grupo de convívio em que é aceito e desempenha um papel. Porém, esse papel não é qualquer um, surge, então a necessidade de estima, tanto a auto-estima como o reconhecimento pelos outros. A satisfação dessa necessidade produz sentimentos de confiança em si mesmo, de prestígio, de poder, de controle.
Quando não satisfeita pode produzir comportamento destrutivo ou imaturo para chamar atenção. O indivíduo pode se tornar rebelde, pode negligenciar seu trabalho ou discutir com os companheiros.
Colocar limites, também, é fazer a criança compreender que seus direitos acabam onde começam os direito dos outros; dizer sim, sempre que possível, e não sempre que necessário; mostrar que muitas coisas podem ser feitas e outras não; ensinar a tolerar pequenas frustrações, no presente, para que, no futuro, os problemas da vida possam ser superados com equilíbrio e maturidade. Muitos pais pensam, erroneamente, que dar limites é bater nos filhos, para que eles se comportem; ser autoritário; deixar de explicar o “porque” das coisas, apenas impondo “a lei do mais forte“; gritar com as crianças para ser atendido; invadir a privacidade a que todo ser humano tem direito etc.
             Assim como, é possível notar que as crianças passam por fases durante seu desenvolvimento e estas devem ser respeitadas pelos pais, professores, amigos, enfim, por todos à sua volta. É importante que, principalmente, os pais conheçam essas etapas do desenvolvimento, para melhor compreender seus filhos e suas atitudes. 

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